Distraio quando penso a profusão do teu olho
Abstraio no tempo o desejo de ver tua força
Segurando com os dentes a saliva que te guardo
Assopro o peito por demais calor
Nessa falta louca da palavra
Retumba um coração que entende
O que diz o teu sorriso quando invade
A minha boca que aponta certeira flecha na tua
E é o meu olho a faísca que acende
Essa luz que tua aura emana
E que faz a paz no meu peito aflito
Que não cansa de querer dar nome a isso que sente
E vermelho é o sorriso que vi
E vermelho é o beijo atrasado
Perdido num sol caindo num horizonte de prata
Que a lua de tão cheia profanou o fim daquele dia
Um comentário:
bonito isso, bem bonito.
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