sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Uma alma minha

escapa entre dedos

rogo ao peito algum apego distraído

na boca, qualquer beijo estabanado

perambulo a madrugada apartado da razão

dialético vagabundo

de um peito incendiado

miro horas atormentado

desassossegado fumegante

um arquiteto de desvios exatos

quase desejo que um bandido aprazível

leve logo esse coração

que ainda sonha, ainda...

2 comentários:

Anônimo disse...

o coração também sonha não "mais que uma noite"? hihi
Parabéns pelas palavras.

Luísa

veggy disse...

taí me fez perambular por entre os ocos é incisivo como uma lâmina afiada penetrando no peito